Mercado financeiro eleva projeção de inflação de 5,9% para 5,96%

Mercado financeiro eleva projeção de inflação de 5,9% para 5,96%

A previsão do mercado monetário para o Índice Nacional de Valor do Cliente (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu de 5,9% para 5,96% neste ano. A estimativa consta do Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente em Brasília pelo Banco Central (BC) com as expectativas das instituições monetárias para os principais indicadores financeiros.
Para 2024, a projeção de inflação period de 4,02%. Para 2025 e 2026, as projeções são de inflação de 3,8% e 3,79%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Definida pelo Conselho Financeiro Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o limite superior é de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção de mercado para a inflação de 2024 pode ficar acima da metade da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda assim dentro da tolerância variam de 1,5 fatores de proporção.

Em janeiro, impulsionado principalmente pelo aumento dos preços das refeições e da gasolina, o IPCA ficou em 0,53%com base no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Cobranças

Para atingir a meta de inflação, a instituição financeira central faz uso da taxa básica de juros, a Selic, como seu instrumento mais importante, fixada em 13,75% ao ano pelo Comitê de Cobertura Financeira (Copom). A velocidade está nesta fase desde agosto do ano passado e é a melhor fase desde janeiro de 2017, quando também estava nesta fase.

Para o mercado monetário, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Até o início de 2024, a estimativa é que a carga mínima caia para 10% ao ano. Já para o teto de 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso impacta os custos porque as taxas de juros mais altas encarecem a pontuação de crédito e estimulam a poupança financeira. Assim, encargos maiores podem até tornar mais duradouro o desenvolvimento do sistema financeiro. No entanto, junto com a Selic, os bancos pensam em outros elementos ao definir a curiosidade cobrada dos compradores, como risco de inadimplência, receita e contas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que a pontuação de crédito fique mais barata, com incentivos à indústria e ao consumo, diminuindo o controle sobre a inflação e estimulando o exercício financeiro.

PIB e cobrança alternativa

A projeção dos estabelecimentos monetários para a expansão do sistema financeiro brasileiro neste ano também subiu de 0,85% para 0,89%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) é de alta de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado monetário projeta uma evolução do PIB de 1,8% e 1,98%, respectivamente. A expectativa para a cotação alternativa do dólar é de R$ 5,25 para o início deste ano. Até o início de 2024, a previsão é de que a moeda estrangeira dos EUA fique em R$ 5,30.

Foto de © Agência Brasil
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