Ministra Simone Tebet diz que quadro fiscal será votado até julho
A afirmação foi feita em coletiva de imprensa, logo após um encontro entre o ministro e deputados da Câmara Parlamentar de Empreendedorismo. Questionado se as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) abertas no Congresso Nacional podem atrapalhar a tramitação de propostas de interesse do governo federal, Tebet mencionou que isso não vai atrapalhar os prazos, nem atrasar a aprovação das medidas.
“Acho que a impressão será zero, tenho conhecimento do parlamento, esta CPI combinada pode ser muito diferente da CPI da pandemia, onde todos estavam em casa e se tornou um BBB real e falamos sobre a vida, falamos sobre a nossa vida, quando é que vamos voltar ao mercado de trabalho, quando é que o sistema financeiro vai abrir as portas mais uma vez”, defendeu o ministro.
“Sou a favor de colocar qualquer CPI, mas essa CPI Mista de 8 de janeiro não vai impactar a tramitação (da proposta) no Congresso”, acrescentou.
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O arcabouço fiscal é um empreendimento do poder público que busca alterar as diretrizes fiscais estabelecidas pelo teto de gastos autorizado em todo o governo federal do ex-presidente Temer. A ministra disse que votou a favor do limite em 2016 e que votaria novamente se ainda fosse senadora e as circunstâncias ainda fossem as mesmas de então.
“No entanto, as circunstâncias são completamente diferentes e mostram que as atuais diretrizes de teto são engessadas, em comparação com o quadro fiscal”, disse, negando que as novas diretrizes afastem os corretores públicos que excedem as contas de forma irresponsável, em relação ao que é arrecadado : “Isso não é verdade. A fiscalização de nossos órgãos passará a se comportar para coibir os excessos”, mencionou.
Entrada Agressiva no Brasil
O quadro fiscal também foi tema de debate ao longo de um pleito pelo Plenário do Brasil Agressivo, nesta quarta-feira (26), o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente do porta-voz, reforçou a necessidade de o marco ser mais exaustivo quanto ao alcance eficiente das metas.
“Vamos trabalhar no sentido de ter maior elemento nos dispositivos de gerenciamento de despesas. Também vamos debater a questão das sanções em relação ao dever, caso o que está na afirmação não possa ser cumprido. As sanções previstas são uma retratação pública, após a qual uma redução no próximo ano, baixando a evolução das despesas, ao contrário da actual, de 70% da evolução das receitas para 50%, parece-nos inadequada. Esperamos ter normas mais expressas que estabeleçam sanções e impulsionem o cumprimento eficiente de metas”, destaca.
Para Jardim, a nova estrutura também deve conter medidas atuais para reduzir as contas.
“Acho que o quadro tem uma lacuna, que é uma lacuna que o governo federal justifica com um aumento de renda que viabiliza a estabilidade. E o que o governo federal tem feito até agora para esse aumento de renda não parece ser suficiente. Enfatizamos a necessidade de que as despesas sejam pensadas com mais ênfase, dando indícios de controle das contas também, para que toda a proposta de enquadramento tenha mais credibilidade”, ressalta.
O relator do quadro fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), participou do debate promovido pela Entrada pelo Brasil Agressivo e disse que o conteúdo textual sofrerá ajustes e precisa ser elaborado em meados do Poder. Com base nele, uma nova assembléia está marcada para a próxima terça-feira (02), com líderes da Câmara dos Deputados para ouvir soluções e focar na empreitada.
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Com informações de Brasil 61