Montadoras têm até hoje para aderir ao programa de descontos

Montadoras têm até hoje para aderir ao programa de descontos
Montadoras têm até hoje para aderir ao programa de descontos

As montadoras têm até esta segunda-feira (12) para aderir ao programa que concede descontos na compra de veículos. Eles terão que enviar a confirmação de interesse em participar do programa ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e fornecer uma lista de modelos que terão descontos.
Até a próxima quarta-feira (14), o MDIC divulgará a lista das empresas participantes do programa e os modelos que serão vendidos com preços mais baixos. Previsto para durar até quatro meses, ou enquanto houver recursos disponíveis, o programa foi lançado no dia 5 pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

No caso dos automóveis, os descontos vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil e serão concedidos com base em três critérios, social (menor preço), ambiental (carros que poluem menos) e densidade industrial (geração de empregos e utilização de peças nacionais ).

Também haverá desconto de R$ 36,6 mil a R$ 99,4 mil para ônibus e caminhões. Nesse caso, o desconto vai variar de acordo com o porte do veículo e será utilizado para a renovação da frota com mais de 20 anos. Microônibus (vans) e caminhonetes terão desconto de R$ 36,6 mil. Ônibus de tamanho normal e caminhões grandes terão redução de R$ 99,4 mil. O grau de poluição do veículo também será considerado.

Para obter o desconto no caminhão e no ônibus, o motorista precisa comprar um caminhão licenciado com mais de 20 anos de fabricação e enviar o veículo antigo para reciclagem. O comprador precisará apresentar um documento que comprove o destino do veículo antigo para desmontagem.

O valor pago pelo caminhão ou ônibus antigo será incluído no desconto. Por exemplo, no caso de um caminhão menor, que teria desconto de R$ 33.600, a redução cai para R$ 18.600 se o veículo antigo custar R$ 15.000.

créditos fiscais

O programa de renovação da frota será financiado por meio de créditos tributários, que são descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento de impostos futuros, totalizando R$ 1,5 bilhão. Em troca, a indústria automobilística se comprometeu a repassar a diferença ao consumidor.

Alckmin explicou que está prevista a utilização de R$ 700 milhões em créditos tributários para a venda de caminhões, R$ 500 milhões para automóveis e R$ 300 milhões para vans e ônibus.

Para compensar a perda de receita, o governo pretende reverter parcialmente a isenção do diesel que vigoraria até o final do ano. Dos R$ 0,35 do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) atualmente zerados, R$ 0,11 será reembolsado em setembro, após noventa dias, prazo de 90 dias determinado pela Constituição para o aumento das contribuições federais.

Segundo Haddad, a reconstituição parcial em 2023 ajudará a reduzir as pressões sobre a inflação em 2024.

Foto de © Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
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