O que são “Price Maker” e “Price Taker”?

Antes mesmo de adentrarmos no assunto relacionado ao mercado financeiro, que é o nosso foco aqui, cabe preliminarmente tratarmos dessas duas figuras no âmbito da economia real, ou seja, do ponto de vista da atividade produtiva e seus mercados de produtos/serviços.

A expressão “Price Taker” (em português pode ser traduzida como aquele que “ACEITA O PREÇO”) designa uma empresa sem poder para fixar o preço pelo qual o seu produto é vendido. Já a expressão “Price Maker” refere-se à empresa que tem poder para “DITAR O PREÇO”. Tais situações acontecem por diversos motivos e em estruturas de mercado distintas. Veja abaixo.

No mercado de estrutura monopolista existe apenas uma empresa produtora. Essa empresa produtora é denominada de “price-maker”, ou seja, é o monopolista que fixa o preço do produto, porém existem muitos compradores de pequena porte, que são chamados de “price taker”.

A empresa monopolista tem poder de mercado, pois fixa o preço de mercado do produto (price maker) e ainda pode utilizar como barreira estratégia um preço limite, fixado não com o objetivo de maximizar o lucro, mas com o objetivo de fazer com que a entrada no mercado não seja rentável.

Numa situação de concorrência perfeita, a situação é diferente. O número de empresas é muito elevado e todas elas têm praticamente os mesmos tamanhos e uma estrutura de custos muito próxima, fazendo com que o preço de mercado seja quase igual ao preço de custo. Neste tipo de mercado, caso uma das empresas decida aumentar o seu preço de venda, toda a procura que lhe era dirigida migrará para as outras empresas concorrentes. E, caso decida de modo inverso, diminuindo seu preço de venda, não se sustentará, pois esse preço ficará abaixo do seu preço de custo.

Por outro lado, numa situação de concorrência imperfeita, as empresas de menor porte são geralmente “price taker”, pois qualquer preço diferente daquele que as empresas dominantes (price maker) têm praticado levaria a duas situações: um deslocamento da procura para as empresas dominantes (no caso da empresa de menor porte subir o preço) ou, no caso da empresa de menor porte baixar o preço, a reação das empresas dominantes seria anular o efeito da baixa de preços da empresa de menor porte.

No mercado financeiro esse grau de influência entre aqueles que aceitam o preço e aqueles que ditam o preço tem traduções distintas, porém com conotações muito semelhantes. Do ponto de vista do Day Trade, um “price maker” é todo player capaz de influenciar diretamente na formação e no deslocamento dos preços, ou seja, ele é grande em seu posicionamento, agride o mercado com velocidade e recorrência, pois tem urgência em suas negociações, bem como melhores informações. Ele dita o preço no sentido de deslocar o preço.

Já um “price taker” é todo aquele player que não tem capacidade de deslocar preços, mas busca participar de parte deste evento. Por exemplo: em um deslocamento de 10 pontos, o “price taker” pode acompanhar este evento e realizar 3, 4 ou 6 pontos, mas quase sempre uma quantidade de pontos menor que o deslocamento total do evento realizado pelo grande player (price maker). Por isso, saber ler o mercado financeiro (preço, volume e demais variáveis que explicam o fluxo de ordens) no momento em que se opera é de suma importância para entrar e sair de uma operação com maior eficiência, ou seja, com o menor tempo e risco de exposição do capital.

Somos “Taker”!

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