PIX: Usar com cuidado pode evitar golpes, diz especialista

O Pix é um aparelho que chegou para revolucionar o mercado brasileiro. Seja por sua praticidade ou rapidez, a metodologia de honorários despertou a curiosidade de muitos. Só no mês de maio, foram 3 bilhões 190 milhões e 353 mil transações, segundo informações do Banco Central. Ele permite que os fundos sejam transferidos entre contas em apenas alguns segundos, a qualquer hora ou dia e serão realizados a partir de uma conta corrente, conta poupança financeira ou conta pré-pago. Porém, independentemente de a plataforma estar protegida, o Pix tem aberto espaço para que uma série de fraudes sejam realizadas.

O professor Marcos Tupinambá, especialista em legislação digital, afirma que os criminosos estão cada vez mais especializados em novos golpes utilizando o aparelho.

“Embora o sistema seja muito protegido e muito bem projetado, várias fraudes surgiram ao longo do tempo usando o sistema pix, semelhante ao falso whatsapp, no qual alguém pede uma troca dizendo ser um filho, uma mãe, então é Sempre é importante examinar quem é essa pessoa que está pedindo dinheiro”, ressalta.

Entre os crimes mais comuns, o especialista destaca os estabelecimentos de nome fictício que se passam por bancos, vendedores de produtos e até grandes corporações, que entram em contato para fazer uma sugestão e fornecer um pix mediante pagamento; e empresas com páginas da web falsas que também tentam fornecer serviços mediante taxa por meio de pix. “Se for uma empresa que está fazendo isso, o destinatário da taxa deve ser a própria empresa, de forma alguma uma pessoa. Sempre desconfie quando uma organização cobra taxa de uma pessoa”, orienta.

Em consonância com a Polícia Civil-DF, não há estudos estatísticos de presídios sobre o pix golpe. A natureza prisional do crime dependerá das circunstâncias do fato concreto. Afirmam que não é possível afirmar que cada “pix golpe” é uma espécie de prisão certa. A autoridade policial analisa o fato concreto individualmente ao definir qual crime mais se enquadra no caso. O “golpe do pix” será enquadrado, por exemplo, como crime de peculato. Segundo a Polícia Civil-DF, está entre os crimes mais típicos desse tipo de fraude. Até o momento, foram registradas 15.190 situações de peculato no Distrito Federal. A capital federal do país, Brasília, teve o maior número com 2.090 notificações.

O professor Marcos Tupinambá faz um alerta: “A gorjeta grande é a consideração acima de tudo. A consideração pode evitar muitas falhas, possivelmente evitará muitos golpes, possivelmente evitará muitas fraudes. Teste quem é o destinatário, verifique a quantidade, sempre verifique se a quantidade é adequada conforme o combinado e, novamente, verifique se a quantidade foi despachada corretamente, se veio da pessoa certa que afirmou que a receberia. Com bastante ponderação, reduziremos significativamente a variedade de fraudes por pix”, reforça.

Com informações de Brasil 61

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