Políticas de financiamento industrial e acesso ao crédito podem viabilizar investimentos

Políticas de financiamento industrial e acesso ao crédito podem viabilizar investimentos
Pequenos empresários industriais se saíram bem no primeiro trimestre de 2023, com base na pesquisa Panorama da Pequena Indústria, da Confederação Nacional do Comércio (CNI). O resultado ficou acima da média esperada para o intervalo e também acima da média histórica. Mesmo com o bom resultado, o médico economista Marcel Stanlei Monteiro ressalta que o comércio ainda enfrenta muitos desafios.

Para o especialista, garantir o acesso à pontuação de crédito, especialmente para pequenas e médias empresas (MPEs), com pacotes que oferecem garantias para empréstimos e treinar empresários, pode levar ao progresso financeiro e crescimento social do país. “Depois que falamos em pontuação de crédito para micro e pequenos empreendedores, isso, com certeza, tem um viés na direção do progresso, do crescimento, para alavancar o empreendedorismo.”

De acordo com Monteiro, o setor responde basicamente por repassar o sistema financeiro. “Eles compram para vender e vender, podem aquecer o sistema financeiro, podem usar pessoas, podem comprar insumos, podem importar produtos, podem descontar custos, podem tentar promover isso em outros mercados, então isso realmente estimula o sistema financeiro, isso realmente estimula o progresso, agiliza relacionamentos, gera empregos, gera receita, produz questões construtivas em relação ao amadurecimento daquele mercado, ao avanço de certas mercadorias e certos fornecedores e até mesmo o abandono de alguns setores e o desenvolvimento de outros”, avalia.

Pontuação de crédito e financiamento para o comércio

Um estudo realizado pelo Sebrae mostra que a concessão de crédito aumentou 45% nos últimos 2,5 anos, acompanhada de um grande aumento nas pequenas empresas que tomam empréstimos no sistema monetário nacional. Somente no âmbito do Programa Nacional de Assistência às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe) foram concedidos cerca de R$ 37 bilhões em empréstimos nos últimos 12 meses, em cerca de 461 mil operações. Esse resultado supera os cerca de R$ 25 bilhões que foram emprestados em 2021, em 333 mil operações de crédito.

Para 2023 e 2024, o Pronampe ainda tem mais R$ 50 bilhões assegurados para pequenos empreendedores, com base em informações do Sebrae. E em 2023, as autoridades federais sancionaram a Lei 14.554 que elevou de 4 para 6 anos o prazo de reembolso dos empréstimos sob este sistema. A nova regulamentação também estabelece um período de carência de 12 meses para o início desses fundos pelas MPEs.

Na opinião do mestre em economia e doutorando em finanças João Henrique Marioto, o acesso ao financiamento de instituições financeiras de baixo custo é fundamental para fortalecer a competitividade do comércio: “Tem que ser a velocidade, tem que ser a pontuação de crédito com provavelmente o Taxa mais barata, diminua para que o empresário esteja pronto para organizar seu negócio e, no entanto, seja capaz de medir a receita para ter a capacidade de reinvestir na empresa e sempre se transformará em um método cada vez mais alto. Então, sem financiamento de instituições financeiras de baixo custo, não podemos gerar maior competitividade no comércio”, ressalta.

Marioto prevê {que} boa parte do dinheiro que incentiva o microcrédito vem de fontes de financiamento mais baratas, como depósitos à vista e até fontes que podem ser apoiadas pelo governo federal.

Plano de Retomada do Comércio

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNI), o Plano de Retomada do Comércio consiste na necessidade de financiamento como uma das várias medidas básicas para o setor. Após debates entre os diversos industriais, foi formulada uma agenda com 60 medidas transversais, com o objetivo de contribuir para a modernização dos processos produtivos, o desconto dos preços das manufaturas e a inserção das empresas brasileiras no mercado mundial.

As propostas estão divididas em 9 eixos temáticos: tributação, financiamento, comércio e integração mundial, ambiente regulatório e segurança autorizada, infraestrutura, inovação e crescimento produtivo, escolarização, relações de trabalho e crescimento regional.

Quanto à necessidade de financiamento, o plano consiste em propostas que “pretendem garantir o acesso ao crédito, principalmente para pequenas e médias empresas, com pacotes que ofereçam garantias para empréstimos e modernização industrial, para inovação e para o programa de baixo carbono sistema financeiro, além de fortalecer a função do BNDES como principal agente vendedor da reindustrialização do Brasil”, com base na CNI.

Com informações de Brasil 61

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