PPA Participativo caravan closes plenary sessions in São Paulo

PPA Participativo caravan closes plenary sessions in São Paulo
PPA Participativo caravan closes plenary sessions in São Paulo

A capital paulista sediou nesta sexta-feira (14), a última plenária de elaboração participativa do Plano Plurianual (PPA), após ter visitado todos os estados e o Distrito Federal. Os encontros começaram em maio e são organizados pelo governo federal para incorporar as prioridades apontadas pela sociedade civil no PPA 2024-2027. Os dez representantes da sociedade civil e dos movimentos sociais apresentaram suas propostas às autoridades. O PPA definirá as prioridades do país para os próximos quatro anos.
As propostas são cadastradas no Plataforma Brasil Participativa, onde ficam à disposição dos cidadãos para consulta e votação daquela que consideram mais importante. Você também pode ver a lista das propostas mais votadas.

As plenárias do PPA reuniram mais de 30 mil pessoas e a Plataforma Brasil Participativo já conta com mais de 974 mil inscritos, mais de 1 milhão de votos e recebeu 6.400 propostas da população. Quem quiser votar até dia 16, às 22h.

Ao final da votação, a Secretaria-Geral da Presidência da República sistematiza as contribuições da população e as encaminha à Secretaria Nacional de Planejamento do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), que ajusta as propostas a serem analisadas pelo equipes técnicas dos ministérios e agregados ao PPA. O plano deve ser entregue ao Congresso até 31 de agosto, junto com a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Um dos responsáveis ​​pelo PPA, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, explicou que, ao acessar a plataforma do PPA, cada cidadão pode priorizar três programas que considera importantes para o Brasil e para o município e o estado em que eles vivem. Todos podem votar.

“A peça que vamos entregar ao Congresso Nacional no dia 31 de agosto não será apenas o planejamento do governo do presidente Lula, mas também do povo brasileiro, que terá sua impressão digital neste planejamento”, afirmou.

Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o país saiu da pandemia de covid-19 com um grande déficit social, com todas as políticas públicas fundamentais paralisadas. Segundo ela, o PPA é um instrumento que faz o povo brasileiro voltar a ter voz, “uma bússola do Orçamento que o governo deve apresentar no dia 31 de agosto”.

“É isso que significa o PPA, é a base de tudo, é um planejamento feito pelas mãos do povo brasileiro com uma pergunta muito simples, mas fundamental: que tipo de Brasil todos nós queremos para os próximos quatro anos? E essa pergunta não é feita dentro dos gabinetes, ela é feita e foi feita em todos os 27 estados, inclusive no Distrito Federal”, afirmou Tebet.

Ela reforçou que o Orçamento que será apresentado será o resultado de tudo o que foi ouvido e votado no plenário, e quem dará a palavra final sobre o assunto é o Congresso Nacional. “O que os parlamentares podem e devem fazer são rearranjos naturais de ações e valores”.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que governar é escolher e que dinheiro nunca dá para tudo, “por isso é muito importante discutir o orçamento, o que vai atender nosso população”.

“Vamos trabalhar com muito cuidado em benefício da nossa população”, afirmou.

Ministros Ana Moser (Esportes) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania no Brasil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Márcio França (Portos e Aeroportos).

linha branca

Questionada sobre a possibilidade de uma política de redução de preços para produtos da linha branca, a ministra Simone Tebet disse que ainda não conversou com o presidente Lula sobre o assunto, e que a avaliação é primeiramente aprovada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e Finanças, seguida de Planejamento, que analisa o impacto e os efeitos na população e se há espaço fiscal.

“Entendo que precisaríamos de duas coisas. Um depende de nós e está acontecendo, que é o desenrola. As pessoas já estão endividadas e lançar um programa com endividamento significa um programa que pode ser inviabilizado, porque quem mais precisa não vai poder trocar de eletrodoméstico. O segundo ponto é a questão da sustentabilidade e da eficiência do produto para economizar”, explica.

Tebet também lembrou que mesmo com um programa eficiente em todos os aspectos, é impossível oferecer boas opções com juros de 13,75% ao ano. Segundo ela, programas de incentivo como esse são feitos de tempos em tempos, dentro de uma realidade específica. “Não podemos fazer o Desenrolla todo ano. Passamos todos os anos cobrindo essas pessoas porque não estamos conseguindo baixar os juros, que é a verdadeira causa do endividamento das famílias brasileiras, não há razão. A decisão é técnica e baseada na política e na realidade da economia brasileira”, afirmou.

Foto de © Paulo Pinto/Agência Brasil
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