Presidente do Ipea promete ação mais aberta do órgão

Presidente do Ipea promete ação mais aberta do órgão

Com o compromisso de uma ação que tenha mais diálogo com a sociedade, a presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Servo, tomou posse nesta quarta-feira (15). Ela também inaugurou a diretoria colegiada do órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, que elabora estudos econômicos e de políticas públicas.
Em sua fala, Luciana Servo disse que as ações do Ipea devem ser pautadas pelo reconhecimento de que a economia se mistura com outros elementos da realidade, como as políticas sociais e ambientais. Ela prometeu ampliar as parcerias com outros órgãos públicos, instituições acadêmicas, organizações internacionais e dialogar mais com entidades da sociedade civil.

“Contribuir para o desenvolvimento social, inclusivo e ambientalmente sustentável é entender que os aspectos econômico, social, ambiental, cultural, territorial e global andam de mãos dadas e precisam ser articulados para que o Brasil seja efetivamente um país desenvolvido”, declarou. presidente do IPEA. “Em grande medida, o Ipea é um grande espaço de aprendizagem.”

Na abertura do discurso, Luciana Servo disse que sua indicação reflete o compromisso da ministra do Planejamento, Simone Tebet, em garantir a paridade de gênero e raça em sua equipe. “Ser a terceira mulher a presidir o Ipea e a primeira mulher negra reflete a prioridade dada à agenda de equidade de gênero e raça neste governo e sua determinação em implementá-la, ministra (Simone Tebet)”, agradeceu a presidente do Ipea. “O Ipea está empenhado em contribuir com a missão de planejar as ações do governo federal, fundamental para garantir a efetividade das políticas públicas.

Luciana Servo também disse que sua gestão será pautada pelo respeito às minorias e relembrou o assassinato da vereadora Marielle Franco, que completou cinco anos nesta terça-feira (14). “É inadmissível que, em pleno século 21, uma mulher seja assassinada por defender os direitos da população mais negra e pobre, ou que seja oprimida em decorrência de sua luta e atuação política. A data de ontem (14 de março) ficou marcada em nós pela violência que representou e será o Dia de Marielle Franco de enfrentamento à violência política”, destacou.

PPA

Presente à cerimônia de posse, a ministra Simone Tebet disse que o Ipea terá uma importante missão na elaboração do Plano Plurianual (PPA), lei elaborada a cada quatro anos que orienta as prioridades das políticas públicas federais. O próximo PPA terá o projeto divulgado em agosto, junto com o projeto de Orçamento de 2024, e deve ser votado até o final do ano.

“Vamos apresentar uma carta náutica. O Brasil ficou quatro anos à deriva, na pior pandemia sanitária da humanidade, porque o então presidente era um timoneiro que não tinha carta náutica. Ele não sabia para onde ir e não podia colocar o Brasil em um porto seguro, porque não tínhamos um Ministério do Planejamento”, disse Tebet.

“Hoje temos um Ministério do Planejamento apresentando a carta náutica ao Brasil. Vamos fazer o PPA ao lado do Ipea, da Enap, comandada pela ministra Esther Dweck, e do IBGE”. Além de Tebet e Dweck, a cerimônia contou com a presença da secretária nacional de planejamento, Leany Lemos, e da secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina de Oliveira.

Currículo

Funcionário de carreira do Ipea desde 1998 e diretor da Associação dos Empregados do Ipea, Servo foi anunciado no final de janeiro. Ela é a terceira mulher e a primeira negra a presidir o município. Antes dela, o Ipea foi presidido por outras duas mulheres: Aspásia Camargo, de 1993 a 1995, e Vanessa Petrelli Corrêa, que assumiu interinamente em 2012.

Segundo o Ministério do Planejamento, Luciana Servo atua em projetos na área de saúde, como Avaliação de políticas de saúde, Prioriza SUS, Conta SHA para o Brasil e Conta Satélite de Saúde.

O economista também produziu, como coautor, relatórios do Conselho de Acompanhamento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), participou de um estudo sobre demanda e oferta de leitos hospitalares e equipamentos de ventilação assistida durante a pandemia de covid-19 e de um trabalhar com os gastos municipais com atenção primária à saúde.

Foto de © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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