Prestes a ser votada, reforma tributária divide opinião de especialistas
“De acordo com a reforma que está na Câmara, esse imposto vai ser alterado pelo IBS — que é o imposto sobre produtos e serviços. Como pode vir a ser incluído neste imposto, qualquer falta de arrecadação por parte dos municípios provavelmente deverá ser elevada com o aumento de diversos tributos, por parte dos municípios como o IPTU”, avalia.
Para o advogado tributarista Gabriel Campos Lima, uma das muitas críticas importantes é a preocupação da sociedade e dos setores produtivos de que a ideia de haver uma simplificação, de melhorar o sistema tributário, possa ocorrer com aumento da carga tributária — principalmente para alguns determinados setores da sociedade.
“Até o momento, o governo federal, como os encargos relevantes ainda não foram definidos, seu argumento é que a tributação comum, ou seja, arrecadação de impostos, não vai melhorar, mas isso não implica em aplicar {que um} setor não terá mais impostos do que tem atualmente. E uma das preocupações vitais é o setor de serviços, que atinge grande parte do sistema econômico e conta com muitos funcionários formais. Uma carga tributária — que já é extraordinariamente excessiva — se tivesse se estendido muito mais, mesmo que de forma constante, ao longo desse intervalo de transição de 2026 a 2033, poderia inviabilizar muitas empresas e melhorar o desemprego e acabar atacando a sociedade sob esse argumento de meramente uma simplificação do sistema tributário”, enfatiza.
Na opinião do advogado tributarista Renato Gomes, porém, é melhor alguma reforma tributária do que nenhuma. Ele acredita que a simplificação de impostos já pode ser pensada como um avanço dentro do que está sendo proposto. “Já se pensava em concluir uma reforma tributária, que visava simplificar e misturar alguns tributos em um sistema que facilitasse a fiscalização das autoridades, o sortimento das autoridades — e, alternativamente, o entendimento do valor pago pelo contribuinte e, por Nesse sentido, a reforma proposta está conseguindo simplificar o sistema anterior”, destaca.
O relator do conteúdo textual, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), conta com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), e de ministros do governo Lula para tentar conter a resistência do governadores e prefeitos, quanto aos ajustes propostos. Ele acredita que muitos prefeitos se preocupam com a falta de receita de seus municípios.
Com informações de Brasil 61