Reajuste no setor de Saúde e Cuidados Pessoais impulsiona inflação em maio
A inflação de maio medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,23%, foi puxada pelo setor de saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,20% nos planos de saúde, 1,13% nos itens de higiene pessoal , 3,56% em perfumaria e 0,89% em produtos farmacêuticos.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (7), o setor como um todo teve variação de 0,93%. Habitação subiu 0,67% e Despesas pessoais ficaram 0,64% caras no mês. Os Transportes caíram 0,57% e os Bens Domésticos 0,23%.
A queda em Transportes foi impulsionada pela queda de 17,73% nas passagens aéreas e de 1,82% nos combustíveis, com queda de 5,96% no óleo diesel, 1,93% na gasolina e 1,01% no gás veicular.
O grupo com maior peso na inflação é o de Alimentação e Bebidas, que ficou 0,16% mais caro em maio, desacelerando em relação aos 0,71% registrados em abril. As maiores variações ocorreram no preço do tomate, que subiu 6,65% no mês, após alta de 10,64% no período anterior. Barras de chocolate e bombons caíram de 0,22% em abril para 3,15% em maio.
Em 12 meses, o ovo de galinha acumula alta de 20,68%, o queijo está 12,90% mais caro e o leite longa vida subiu 10,55%. Lanches fora de casa estão 11,87% mais caros do que há um ano. No mês, a alimentação fora do domicílio subiu 0,58%. O óleo de soja caiu 7,11% em maio e acumula queda de 29,49% em 12 meses.
O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,94%, seguindo a trajetória de queda observada desde junho de 2022, quando o índice ficou em 11,89%.
Entre as capitais analisadas pelo IBGE, Fortaleza registrou a maior variação no mês, com alta de 0,56% puxada pelos jogos de azar, que subiram 12,18%, e pela energia elétrica residencial, que ficou 3,71% mais cara no mês. São Luís registrou deflação de 0,38%, com quedas de 7,63% no frango inteiro e de 5,87% na gasolina.
INPC
Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 0,36% em maio, desacelerando em relação aos 0,53% registrados em abril. O índice acumulado no ano é de 2,79% e em 12 meses chega a 3,74%. Em maio de 2022, a taxa era de 0,45%.
O indicador mede a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos.
Nessa análise, os alimentos ficaram 0,16% mais caros em maio, após alta de 0,61% em abril. Os produtos não alimentícios aumentaram 0,43%.
Por região, o INPC registrou queda de 0,33% em São Luís, e Belo Horizonte teve a maior alta de preços, de 79%, com aumento de 25% na tarifa de ônibus urbano.
