Regulamento da reforma fiscal ficará para 2024

Regulamento da reforma fiscal ficará para 2024
Regulamento da reforma fiscal ficará para 2024

A regulamentação da primeira fase da reforma tributária, que simplifica os impostos sobre o consumo, será prevista para 2024, disse nesta sexta-feira (14) o secretário extraordinário de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. Em evento virtual para um banco, ele disse que, a princípio, estão previstas quatro letras complementares.
Segundo Appy, o primeiro projeto vai detalhar as regras para o futuro dual Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A segunda criará e regulamentará o Conselho Federativo. A terceira tratará do Fundo de Desenvolvimento Regional, e a última trará regras para os créditos acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que desaparecerão para dar lugar ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS).

“Em princípio, são quatro leis complementares. Não temos uma data definida, mas estamos trabalhando com a ideia de enviar ao Congresso Nacional na abertura da sessão legislativa do ano que vem, no início de fevereiro de 2024”, declarou o secretário.

Appy disse que o governo quer construir os empreendimentos em parceria com estados e municípios e que os governos locais terão alguma autonomia, como é o caso da alíquota do IBS, imposto que é de responsabilidade dos governos estaduais e prefeituras.

De acordo com o secretário, as prefeituras podem estabelecer alíquotas de IBS, maiores ou menores, por meio de lei complementar. No entanto, se nada for feito, prevalecerá a taxa de referência definida nacionalmente. “Se não fizerem nada, vale a referência”, disse.

Sobre o Conselho Federativo, Appy explicou que o órgão, que definirá as políticas fiscais e tributárias dos governos locais por maioria de votos e por maioria da população nos estados e municípios, será um órgão técnico, sem poder político. O secretário informou ainda que a lei complementar terá uma fórmula de distribuição para destinar os recursos do IBS aos governos locais.

Sobre os créditos acumulados de ICMS, um dos passivos que a reforma tributária terá de resolver, Appy disse que o pagamento dos estados às empresas que têm direito ao recebimento será garantido por 240 meses (20 anos). Por meio dos créditos tributários, a empresa pode obter descontos no pagamento de tributos ou ser reembolsada por tributos cobrados a maior ao longo da cadeia produtiva.

Foto de © Wilson Dias/Agência Brasil
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