Responsável por 70% da riqueza produzida no país, setor de serviços teme pagar a conta da reforma tributária

Responsável por 70% da riqueza produzida no país, setor de serviços teme pagar a conta da reforma tributária
Responsável por 70% da riqueza produzida no país, setor de serviços teme pagar a conta da reforma tributária
Setor que provavelmente mais emprega e é responsável por 70% da riqueza produzida no país, as empresas têm medo de pagar a fatura da reforma tributária. Especialistas e representantes da seção percebem que o conteúdo textual aceito na Câmara dos Deputados aumentará a carga tributária do setor.

Especialista em relações institucionais e governamentais da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), a advogada Karoline Lima diz que a aprovação da reforma é otimista porque o Brasil deve simplificar o sistema de arrecadação de impostos sobre o consumo. Além disso, ela comemora que vários segmentos receberam tratamento totalmente diferente no conteúdo textual.

No entanto, ele diz que os empresários do comércio e reparação estão preocupados com a melhora nos impostos do setor, desconforto que cresce com a falta de definição da velocidade do novo imposto que pode recair sobre produtos e empresas. “(A velocidade) vai ficar para o teor textual da regulamentação complementar e não há nenhuma diretriz para termos a possibilidade de fazer margem de cálculo. O lojista quer entender quanto ele paga agora e quanto ele paga com esse conteúdo textual que está no lugar. E a gente não tem uma resposta do relator, não tem uma resposta do governo federal”, reclama.

Apesar da incerteza, ela diz que está claro que a empresa terá que pagar mais impostos do que paga no momento. “Estão dizendo que não vão melhorar a carga tributária, porém depois que colocarmos na ponta do lápis, a projeção da carga que existe agora, quanto as empresas pagam e quanto a projeção vai arauto melhorar, isso nos assusta. Nossa preocupação é exatamente esta: é claro que provavelmente haverá essa melhoria para o nosso setor”, ressalta.

Para André Felix Ricotta de Oliveira, médico da regulação tributária, o diálogo sobre a reforma foi apressado. Segundo ele, pode ser essencial que as orientações legais complementares que possam vir após a eventual aprovação da Proposta de Modificação da Estrutura (PEC) 45/2019 já estejam disponíveis para que a real influência dos ajustes possa ser medido.

“Dentro do discurso, os políticos dizem ‘vamos desonerar a cadeia produtiva e vamos melhorar a tributação da receita e do patrimônio’. Esse é o manequim perfeito. Saberíamos se isso é verdade se a reforma tributária do imposto de renda fosse proposta. E não foi. É uma total falta de transparência. Vai haver uma reforma no consumo já elevando a velocidade para os prestadores de serviço. Aí vai ter uma reforma do imposto de renda, que ninguém garante que se você aumentar o preço do imposto de renda depois pode diminuir a velocidade de tributação do consumo”, critica o presidente da Comissão de Legislação Tributária da OAB-SP .

O consumidor final seria o mais prejudicado com o aumento da carga tributária sobre o setor de serviços, lembra Guilherme Di Ferreira, vice-diretor da Comissão de Legislação Tributária da OAB-GO. “Enquanto falamos, um fornecedor de serviços que está pagando cerca de 5% de imposto começará a pagar 25% de imposto. Assim, ele pode ter um aumento superior a 20 fatores de participação em sua prestação de serviço. ao consumidor final”.

Karoline Lima, do CNDL, diz que se houver aumento na carga tributária, os empresários devem repassar os preços ao valor dos serviços e produtos, o que, no longo prazo, prejudica todo o sistema econômico. “Quando o valor do imposto aumentar, o comprador não vai continuar comprando as mesmas porções e o valor final é maior”, alerta.

De acordo com Karoline, ainda assim o conteúdo textual aceito pela Câmara trouxe uma série de avanços vitais para o setor. Junto com itens e empresas associadas a bem estar, escolarização, transporte, ações inventivas e culturais, o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) inclui os segmentos de pousadas, parques de diversão, parques temáticos, restaurantes e aviação regional entre estes que podem ter diminuir as taxas do que o preço normal.

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Com informações de Brasil 61

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