Safra de 2023 está prevista em 302,1 milhões de toneladas, aponta IBGE em abril
Arroz, milho e soja, as três principais mercadorias desse grupo, representam coletivamente 92,3% da produção estimada e respondem por 87,3% do mundo a ser colhido.
soja em destaque
De acordo com dados do IBGE, a produção nacional de soja deve atingir 149,1 milhões de toneladas, alta de 24,7% na comparação com os primeiros 12 meses, e pode representar quase metade de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no país nos 12 meses .
O analista da Safras e do Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, explica essa melhora. “Geralmente, significa uma recuperação do Brasil nesta temporada em relação aos últimos 12 meses, principalmente no caso da soja, cujos últimos 12 meses tivemos uma queda muito grande na produção por causa do La Niña, que afetou a região sul e parte de Mato Grosso. Sul”, definiu.
E continuou sobre as expectativas otimistas para a safra de soja: “Nestes 12 meses estamos confirmando a colheita de uma safra brilhante, uma safra de soja recorde, porque todos os estados do Brasil estão colhendo muito bem, exceto do Rio Grande do Sul, que mais uma vez teve problemas”, identificou. A estimativa de abril para a fabricação do milho em grão confirmou leve melhora de 0,1% em relação à projetada em março
Arroz e feijão baixo
Apesar de fazer parte essencialmente do grupo mais consultado, o arroz em casca apresenta uma queda de 7,5% na comparação com 2022. O reino do arroz a ser colhido teve queda de 6,7%.
De acordo com o analista Evandro Oliveira, assessor da Safras e Mercados, alguns elementos decidem esse desconto no arroz. “Junto com esse problema de seca, tem esse problema de margem, o arroz vinha passando por margens apertadas por longos períodos, o que levou os produtores a emigrar para outras culturas de maior valor, como milho e soja. Teve essa migração de safra e fatiamento de espaço importante”, definiu.
Assim como o mundo do arroz, o mundo do feijão a ser colhido também caiu, 2,3%, apesar do grão ter previsão de fabricação em abril 1,5% maior que a registrada em março. Oliveira destaca que o feijão acompanha o arroz em vários elementos, e destaca uma outra questão que contribuiu para o desconto no espaço plantado do grão: existe todo esse problema de hábito do cliente, que impacta o feijão”, esclareceu.
Na distribuição regional da fabricação de cereais, leguminosas e oleaginosas, o Centro-Oeste continua liderando, com 48,7%; adotado pelo Sul, com 28%; Sudeste, com 9,6%; Nordeste, com 8,7%; e Norte, com 5%. Entre os diversos estados, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com 30,7% de participação, seguido por Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Juntos, esses estados representam 80% de toda a produção.
Com informações de Brasil 61