Safra de 2023 está prevista para 299,7 milhões de toneladas de grãos, aponta IBGE
De acordo com dados do IBGE, arroz, milho e soja são as três principais mercadorias desse grupo, que juntas representam 92,4% da produção estimada e respondem por 87,4% do mundo a ser colhido.
Carlos Barradas, supervisor do Levantamento Sistemático da Produção Agropecuária (LSPA), esclarece que cada produção de soja e milho, a totalidade dos cereais, leguminosas e oleaginosas, são um arquivo dentro da seqüência histórica do IBGE.
“Para a soja, foi adicionada uma fabricação de 147,2 milhões de toneladas. Alta mensal de 1,5% e evolução de 23,2% em relação ao que foi produzido em 2022. Para o milho, 119,8 milhões de toneladas, queda mensal de 1,4% e alta anual de 8,7 %”, informa.
Na comparação com 2022, houve um crescimento de 23,2% para a soja, 8,7% para o milho, com aumento de 9,7% na 1ª safra e de 8,4% na 2ª safra. Ainda assim, houve queda de 7,6% para o arroz. Houve também aumento de 3,3% no espaço a ser colhido para o milho, aumento de 1,2% na 1ª safra e de 4,1% na 2ª safra. No entanto, houve uma queda de 6,5% na área do arroz.
Veja situações para cada área e estado
Evandro Oliveira, consultor de marketing da Safras e Mercados, explica que uma das muitas causas da queda na safra de arroz foi a estiagem extrema na principal região produtora do Rio Grande do Sul.
“O arroz já vinha de uma época de margens apertadas e até de prejuízos certeiros para os produtores. Então isso já estava estimulando uma queda na área arrozeira, que acabou se intensificando em função da estiagem que tivemos no Rio Grande do Sul”, acrescenta.
A previsão de produção completa de feijão em 2023 é de 3,1 milhões de toneladas, uma queda de 0,5% em relação à estimativa de fevereiro. A quantidade de feijão produzida em 2023 deve ser suficiente para atender a demanda interna o ano todo.
O consultor de marketing explica que tanto o arroz quanto o feijão passam por condições comparáveis em função da estiagem e da queda sistemática do consumo doméstico, já que esse grão não pode ser exportado por não ter um mercado internacional ativo.
“Devido às margens apertadas, preços excessivos de fabricação e retração no consumo safra após safra e também em decorrência de fenômenos climáticos que afetaram a produção do feijão, o feijão também vem apresentando queda a cada dia”, afirma.
Oliveira informa que “atualmente, a produção de feijão é estimada em menos de 2,9 milhões de toneladas, enquanto nas safras anteriores, o feijão apresentava uma produção total de cerca de 3 ou mais de 3 milhões de toneladas”.
O IBGE também divulgou que o Brasil deve produzir 3,3 milhões de toneladas de café arábica e 1 milhão de toneladas de canephora ou conillon, como é mais conhecido.
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Com informações de Brasil 61