Saneamento: fim do limite de 25% para contratação de PPPs é visto como ponto positivo por operadoras privadas

Saneamento: fim do limite de 25% para contratação de PPPs é visto como ponto positivo por operadoras privadas
“As operadoras de saneamento individual pensam na ponta da restrição de 25% para contratação de Parcerias Público-Pessoas (PPP) um passo à frente.” É o que pondera o diretor-gerente do Sindicato das Operadoras de Higiene Pessoal (ABCON SINDCON), Percy Soares Neto. A medida faz parte de um conjunto de iniciativas previstas em novos decretos para o setor de saneamento no país, editados nesta quarta-feira (5) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

De forma consciente, o diretor destacou que a medida cria mais uma possibilidade de financiamento em prol do saneamento básico no Brasil. “Nesta abordagem, as empresas privadas e não privadas têm mais uma escolha para viabilizar os investimentos obrigatórios para o setor.”

Sobre as questões contrárias aos decretos, o ABCON SINDCON informou que está analisando o formato adotado para as regularizações, “tendo em vista que – independentemente das escolhas – a certeza autorizada será fundamental”.

Luana Pretto, presidente de governo do Instituto Trata Brasil, acredita que a ponta da restrição de 25% para contratação de PPPs do setor contribuirá para a evolução do abastecimento de água e coleta de esgoto e serviços terapêuticos fornecidos aos moradores.

“Isso, de certa forma, é doce para a universalização do serviço, pois traz mais uma oportunidade para governadores e até prefeitos em relação à resposta ao saneamento básico de sua região”, completa.

Disposição regionalizada

Outro ajuste previsto nos novos decretos foi o chamado provimento regionalizado, pois a Legislação exige que, para fins de ingresso aos recursos federais, os prestadores sejam ofertados de forma regionalizada, atendendo a vários municípios e com a novas diretrizes, prazo de regionalização até 31 de dezembro de 2025.

O novo prazo garante aos estados o tempo necessário para construir corretamente o abastecimento regionalizado nos territórios, conforme previsto no novo quadro autorizado, sem comprometer os investimentos no período de transição para o novo modelo de abastecimento.

Em consonância com o governo federal, as mudanças provocadas pelos novos decretos permitirão que 1.113 municípios voltem a acessar as fontes de saneamento básico do governo federal para que cumpram a meta de universalização.

Pelas diretrizes atuais, esses 1.113 municípios, que têm 29,8 milhões de habitantes, tiveram seus contratos com fornecedores estaduais declarados irregulares e, consequentemente, não podiam depender de recursos federais para buscar a universalização.

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Com informações de Brasil 61

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