Senador Eduardo Gomes diz que autonomia do Banco Central dificilmente será revista

Senador Eduardo Gomes diz que autonomia do Banco Central dificilmente será revista
Senador Eduardo Gomes diz que autonomia do Banco Central dificilmente será revista
Sob críticas do governo federal nas últimas semanas devido ao aumento das taxas de juros, o Banco Central não corre o risco de ter sua autonomia revisada pelo Congresso Nacional. É o que afirmou o senador Eduardo Gomes (PL-TO) em entrevista ao Brasil 61 na última quarta-feira (1º).

“Tendo como parâmetro a condução financeira mundial, o Congresso Nacional decidiu institucionalizar a independência do Banco Central como elemento de estabilidade financeira e pelo que se sabe dos atuais dirigentes do Congresso, no Senado e na Câmara, é dificilmente teremos uma revisão dessa norma”, avalia.

Depois que o presidente Lula se incomodou com a manutenção da taxa primária de juros do sistema financeiro, a Selic, em 13,75%, e deu a entender que pode tentar reverter a autonomia do Bacen após o mandato de Roberto Campos Neto, cada Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Senado, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, saíram em defesa da independência do Banco Central.

Foi protocolado na Câmara dos Deputados projeto de lei que revisa a autonomia da instituição financeira central. No entanto, em um evento no início de fevereiro, Lira afirmou que muitos dos deputados com quem conversou se opuseram a ajustes que possam tirar a posição do Bacen na condução da cobertura financeira.

A legislação que desvinculou o estabelecimento da energia do Governo completou apenas dois anos. O senador Eduardo Gomes lembra que a proposta foi comentada por muito tempo no Congresso Nacional e que não deve ser modificada. “Percebo que foi uma medida certeira, uma medida debatida, votada, promulgada e efetivamente posta em prática”.

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Economistas ouvidos pelo Brasil 61 concordam que os discursos do presidente criticando a fase de juros e insinuando que poderá antever a autonomia do Banco Central após o mandato de Campos Neto aumentarão a incerteza dos investidores.

“Quando temos incertezas futuras em relação ao sistema financeiro, o mercado responde pedindo prêmio additional. O mercado vai exigir taxas de juros maiores para emprestar dinheiro ao governo federal. Já percebemos isso ao observar a longa curva dos DI’s, a curiosidade de longo prazo. É a impressão que temos quando as bases mudam para o lado certo”, diz Fernanda Mansano, professora do Ibmec.

“A verdade que Lula falou vagamente com certeza afetou negativamente a precificação dos títulos do governo brasileiro”, diz Rodrigo Leite, professor de finanças e gestão empresarial do Coppead da Faculdade Federal do Rio de Janeiro.

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Responsável pela fixação da taxa de juros, o Conselho de Cobertura Financeira (Copom) da instituição Financeira Central se reúne, pela segunda vez em 2023, nos dias 21 e 22 de março. estágio de taxa de juros.

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Com informações de Brasil 61

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