Vendas no varejo variam 0,1% em abril
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro variou 0,1% em abril deste ano em relação ao mês anterior. O resultado veio após altas de 0,8% em março e 3,8% em janeiro e estabilidade em fevereiro. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Em abril, o setor registrou altas de 0,3% na média móvel trimestral, de 0,5% na comparação com abril do ano passado, de 1,9% no primeiro quadrimestre do ano e de 0,9% no acumulado em 12 meses.
Na comparação com março deste ano, apenas três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram alta: supermercados, alimentos, bebidas e fumo (3,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (1%) e produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos artigos e perfumaria (0,3%).
A variação positiva de 0,1% no varejo foi sustentada principalmente pelo setor supermercadista e alimentício, que teve o maior crescimento desde março de 2020 (10,5%).
O resultado pode ser explicado pelas vendas da Páscoa deste ano, que ficaram concentradas em abril, como acontecia antes da pandemia de covid-19.
Por outro lado, cinco atividades tiveram queda no volume de vendas no período: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,9 %), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%).
Segundo o pesquisador do IBGE Cristiano Santos, esse comportamento de relativa estabilidade do setor (variação de 0,1%) pode ser explicado por fatores negativos, que impediram uma alta maior, e positivos, que impediram uma queda.
“Tivemos algumas influências negativas nessa passagem de março para abril, como o crédito à pessoa física, que teve uma variação negativa de quase 10%, os indicadores de massa real de rendimentos também tiveram variação negativa, de 0,7%, e o número de ocupados as pessoas caíram um pouco”, disse.
Pelo lado positivo, Santos destaca a redução da inflação. “A inflação vem perdendo ritmo ao longo do tempo. O Índice Geral caiu de 4,65% para 4,18% de março a abril, com destaque para alimentação no domicílio”.
A receita nominal do setor caiu 0,2% de março a abril, mas cresceu 2,4% em relação a abril do ano passado, 6,9% no ano e 11% no acumulado em 12 meses.
varejo expandido
O varejo ampliado, que inclui também materiais de construção e vendas de veículos e autopeças, teve queda de 1,6% no volume de vendas, de março a abril, devido à queda de 5,9% na atividade de veículos, motos, partes e peças e de 0,8% em materiais de construção.
No acumulado de 12 meses, o varejo ampliado ficou estável. Em outros tipos de comparação, porém, o setor teve altas: média móvel trimestral (1,3%), em relação a abril de 2022 (3,1%) e no acumulado do ano (3,3%).
