Vendas no varejo variam -0,1% em fevereiro, segundo IBGE

Em fevereiro de 2023, o faturamento bruto do comércio varejista registrou variação de -0,1% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2022, o comércio cresceu 1,0%, alta de 1,3% nos últimos doze meses e de 1,8% no ano. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


Intervalo

Varejo

Varejo Prolongado

Quantidade bruta de vendas

receita nominal

Quantidade bruta de vendas

receita nominal

Fevereiro / Janeiro*

-0,1

0,3

1,7

1,8

Deslocamento trimestral comum*

0,2

0,8

0,9

1,5

fevereiro de 2023 / fevereiro de 2022

1,0

7,5

-0,2

6,6

Acumulado 2023

1,8

9,3

0,1

7,8

Acumulou 12 meses

1,3

13,6

-0,5

11,7

*Sequência COM ajuste sazonal

Fornecimento: IBGE

O volume de vendas brutas do comércio varejista ampliado, que incorpora, junto com o varejo, as ações de automóveis, bicicletas, componentes e artigos e materiais de construção, subiu 1,7% na comparação com o mês anterior.

Segundo Marcos Sarmento Melo, especialista em finanças e diretor da Valorum Empresarial, os resultados obtidos apresentam estabilidade. “Ao longo de 2022, percebemos evolução no exercício financeiro no Brasil. O que estamos percebendo agora pode ser uma certa estabilização do sistema econômico, muito por conta da taxa de inflação, que continua excessiva”, destaca.

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Com base na investigação, duas das oito ações do comércio varejista tiveram uma variação otimista. “As únicas ações a registrar evolução nesta passagem para fevereiro foram as de artigos farmacêuticos, ortopédicos, médicos e de perfumaria com 1,4% de evolução, e Livros, jornais, revistas e papelaria 4,7%”, informa o supervisor do mês Inquérito ao Comércio (PMC), Cristiano Santos.

Para César Bergo, professor de Mercado Monetário da Faculdade de Brasília (UnB), o destaque na classe de Livros, jornais e revistas se deveu ao intervalo que coincidiu com o início das aulas e das ações educativas. “Normalmente, não é incomum estender a moção nesta seção e também na indústria farmacêutica. Houve tensão em relação a um aumento de valor possível, então as pessoas antecipam as compras, exibindo assim um encanto neste segmento”, ressalta.

As taxas adversas foram devidas a Equipamentos e provisões para local de trabalho, TI e comunicação (-10,4%), Materiais, roupas e calçados (-6,3%), Vários artigos de uso privado e doméstico, Mobiliário e equipamentos domésticos (- 1,7%), Hiper, supermercados, mercearias, bebidas e fumo (-0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

As 2 ações extras do varejo ampliado tiveram resultados inversos: Automóveis e motos, componentes e artigos (1,4%) e Materiais de desenvolvimento (-2,0%).

Projeção para os próximos meses

Com base em Marcos Sarmento Melo, como os rumos do sistema econômico brasileiro podem ser influenciados por pontos externos, é difícil estipular uma projeção para os próximos meses. “Pode haver, no entanto, a continuação da guerra da Rússia com a Ucrânia. Pode haver ainda o cenário de taxas de juros fundamentais em importantes localidades internacionais que podem estar em níveis excessivos, além da inflação”, alerta.

Por isso, ele afirma que, normalmente, o exercício financeiro brasileiro em 2023 não deve apresentar grande variação, além do comércio varejista, que pode ficar relativamente estável.

Para César Bergo, 2023 pode ser um ano conturbado para a economia brasileira, mas as perspectivas são otimistas para o varejo. “Existem alguns pontos importantes sobre a expertise 5G, o encantamento das empresas de infraestrutura, que devem favorecer as vendas na área de comunicações”, ressalta.

Segundo o economista Newton Marques, o que leva ao último aumento nas vendas brutas do comércio varejista, normalmente, é o faturamento dos brasileiros. A alta do emprego e da renda resulta em perspectivas otimistas, mas depende de dois componentes elementares: o desconto na taxa básica de juros, a Selic, e a alta na folha de pagamento. “Esses impactos são soberbos, pois cada vez que o setor terciário, que é o comércio, revela desenvolvimento, puxa o primeiro e o secundário”, explica.

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Com informações de Brasil 61

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